Os cientistas estão alertando que um aumento de viagens depois da pandemia de COVID-19 colocou o setor de turismo no alvo e desencadeou o aumento de crimes cibernéticos.
De acordo com um relatório da Intel 471, o crime virtual está aumentando, com os criminosos visando o roubo de milhas de companhias aéreas, credenciais de sites para viagens e quebras de bancos de dados relacionados às viagens.
O efeito dos ataques tem sido contas roubadas de valor. Além disso, os estudiosos afirmam que os resultados dos recentes ataques também podem gerar atrasos e cancelamentos de voos, enquanto as companhias aéreas tentam conter os hackeamentos.
Os seus Pontos de Recompensa são destinados aos Mercados Ilicítos.
Desde o início do ano, o investigador da Intel 471 apontou vários ataques realizados por bandidos virtuais para comerciar as informações de acesso aos sites móveis.
Os indivíduos por trás da ameaça estavam focados especificamente em “recompensas com mais de 100.000 milhas” segundo 471. Estas contas são empregadas para ganhar certos benefícios por cada dólar gasto. As credenciais de conta que estavam presentes em fevereiro eram de usuários britânicos de um grande website de viagem e duas companhias aéreas americanas.
Ao acessar aquelas contas, os atores foram capazes de usufruir dos benefícios para reservar viagens para eles e para outros usuários, explicaram os investigadores. Além disso, as contas e seus respectivos pontos de recompensa podem ser comercializados para aqueles que querem executar fraudes de viagens semelhantes, acrescentaram.
A procura de programas de recompensas-pontos, especialmente aqueles ligados a viagens, não é recente. Ao longo dos anos, os investigadores têm identificado vários casos em que os cibercriminosos têm atacado esses pontos de recompensa. No ano de 2018, dois adolescentes da Rússia foram detidos por infiltrar mais de meio milhão de contas on-line, especialmente aquelas que oferecem pontos de recompensa.
Pesquisadores indicam que, à medida que a indústria de viagens se recupera da redução causada pela COVID-19, ela torna-se um foco atraente para os delinquentes cibernéticos.
Identidade associada à viagem: Furto de Bagagem
Além disso, há infrações que envolvem a separação de informações bancárias das pessoas envolvidas em viagens – registros de funcionários e passageiros, detalhes pessoais que podem ser revendidos por ganhos financeiros por parte dos criminosos.
Investigadores observaram hackers ligados às viagens aproveitando um banco de dados contendo dados de 40 mil trabalhadores de Illinois. O banco de dados roubado incluía informações pessoais dos empregados. Os pesquisadores afirmaram que esse tipo de informação divulgada desempenha um papel na fraude ligada ao turismo – permitindo que um atacante crie novas identidades que podem ser usadas para ultrapassar fronteiras e para se esquivar das autoridades.
Em um exemplo, os pesquisadores da Intel 471 descobriram que os cibercriminosos utilizaram o PII para criar documentos falsos de viagem destinados a cruzamentos fronteiriços. “Felizmente, depois do início da guerra (invasão russa da Ucrânia), o ator afirmou que o iniciador poderia proporcionar passagens ilegais de fronteira para homens ucranianos com idade entre 18 a 60 anos”, observaram os investigadores.
Alguns dos organismos itinerantes, entre os quais a Autoridade de Serviços de Tráfego Aéreo da Romênia e o Aeroporto de Bucareste, foram vítimas de um grupo hacker pro-russo conhecido como KillNet. “Entidades de navegação e transporte foram alvos frequentes da KillNet no primeiro semestre de 2022”, comentou o cientista.
No último mês, uma incursão nos sistemas de TI da companhia aérea SpiceJet deixou os passageiros bloqueados nos aeroportos, resultando em atrasos e cancelamentos de viagens.
Precaução contra golpes.
Os cientistas indicaram que os viajantes devem ter cuidado ao fazer programações e precisam conseguir suas passagens de uma fonte segura, serem prudentes ao efetuar o pagamento e evitar ser enganados por qualquer proposta suspeita de viagem.
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