Iain Davidson, gerente sênior de produtos da Wireless Logic, disse que está ansioso para ver a Internet das Coisas (IoT) na agenda quando o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, reunir-se com chefes de energia. Esta reunião do PM vem em meio ao aumento dos custos de energia para os consumidores do Reino Unido, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, que interrompeu o abastecimento de mercado.
O Chanceler Sunak deverá exibir os detalhes do que o governo planeja para as indústrias de combustíveis fósseis e verdes do Reino Unido. Isto incluirá o emprego de milhões em libras para um projeto de captura de carbono na Escócia e a concessão de 100 novos alvarás de petróleo e gás no Mar do Norte. Estas medidas visam promover o fornecimento interno de energia e trazer independência na área energética.
Contudo, Davidson se mostra inquieto com o papel da IoT para a infraestrutura de energia, e aqueles perigos de segurança cibernética que deveriam ser avaliados não estão recebendo a devida atenção.
O governo estabelece seus objetivos ao melhorar a eficiência energética e fornecer novas fontes de energia, o que significa que a maneira como geramos, armazenamos e distribuímos energia precisa ser alterada para aumentar a segurança energética e a transição para energias renováveis e geração de energia descentralizada, de acordo com Davidson. A IoT celular desempenhará um papel importante ao conectar dispositivos e soluções a esses objetivos. Turbinas eólicas, usinas solares, hidrelétricas, capacidades de distribuição de energia, armazenamento de baterias e até mesmo adoção de veículos elétricos farão parte da transformação energética.
Utilizando a IoT, sistemas de energia renovável, que Sunak está incentivando, podem ser mais bem integrados à rede. Dessa forma, fontes renováveis, que são intermitentes, pois a sua produção de energia depende das condições climáticas, podem ser acompanhadas por meio de sensores de IoT, permitindo um melhor planejamento e coordenação com fontes tradicionais. A IoT também pode auxiliar na otimização de soluções de armazenamento de energia, como baterias, para gerenciar de maneira inteligente os ciclos de carregamento e descarregamento.
Os dispositivos e sistemas conectados IoT são capazes de transmitir dados para que as empresas de energia possam acompanhar dispositivos e condições, controlar dispositivos em locais remotos, monitorar desempenho para prever manutenções e atuar em alertas. Estas soluções permitem a troca de dados por microgerações e mecanismos de suporte para equilibrar a carga na rede. Além disso, eles são capazes de monitorar o consumo de energia e a geração, por exemplo, se for um medidor inteligente ou EV no modo Veículo para Grade (V2G) ou sensores para o balanceamento de carga na grade, como explicado por Davidson.
A IoT pode desempenhar um papel importante na manutenção da estabilidade da rede de energia, permitindo a coleta e análise de dados em tempo real de várias fontes de energia e dispositivos. Esta tecnologia pode melhorar a geração, distribuição e consumo de energia, ao monitorar fatores como padrões de consumo de eletricidade, gerenciamento de redes inteligentes, variações de demanda e desempenho da grade. Além disso, pode-se prever a produção de energia renovável e permitir um melhor planejamento e coordenação com fontes de geração de energia tradicionais, como petróleo e gás.
No entanto, a segurança energética não está somente relacionada ao abastecimento. De acordo com Davidson, a conectividade faz parte do modelo de energia eficiente, inteligente e sustentável, mas, a cibersegurança deve ser assegurada. A implantação de dispositivos novos e adicionais pode criar mais pontos vulneráveis para ameaças cibernéticas.
A digitalização da rede de energia está aumentando, tornando-a mais vulnerável a ciberataques de agentes mal-intencionados de fora das instalações. Com o aumento dos medidores inteligentes, usinas eólicas e solares contribuindo para o sistema geral de fornecimento de energia, a rede maior está exposta a mais riscos pois existem mais oportunidades para acessar o sistema e, com isso, potenciais consequências graves.
Dada a importância destacada, os provedores de conectividade são fundamentais para assegurar que cada etapa da infraestrutura energética seja alcançada. Eles devem validar os dispositivos, estabelecer conexões seguras entre a infraestrutura de rede, sistemas de TI e destinos na nuvem, para que o governo possa garantir que a infraestrutura energética seja apropriada para o presente e para o futuro, e alcançar os seus objetivos de líquidos zero, concluiu Davidson.
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