Conforme relatado por uma assessoria da Radware, o DragonForce Malaysia, um grupo hacktivista, com o auxílio de outros grupos de ameaças, iniciou uma série de varreduras, denúncias e ataques de negação de serviço indiscriminadamente a vários sites na Índia. A chamada campanha “OpsPatuk”, além do DDoS, também envolveu atores de ameaças avançadas utilizando-se de exploits atuais, comprometendo as redes e expondo informações.
DragonForce Malaysia – particularmente conhecida por seu ativismo hacker em prol da causa palestina – voltou sua atenção para a Índia nesta oportunidade, como resposta a um polêmico comentário feito por um representante político hindu a respeito do Profeta Maomé.
A assessoria informou que o projeto OpsPatuk continua a ser implementado atualmente.
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No mês passado, durante um debate de televisão, Nupur Sharma, que fala em nome do Partido Nacionalista Hindu Bharatiya Janata (BJP), fez declarações polêmicas sobre a idade de Aisha, a terceira esposa do Profeta Maomé. Isso causou uma grande indignação, com líderes mundiais muçulmanos condenando-as, protestos gerais e Sharma renunciando ao partido a que pertence.
Em 10 de junho, a DragonForce Malásia iniciou sua invasão à fronteira da Índia. A ofensiva foi anunciada por meio de um tweet:
Saudações ao Governo da Índia. Somos da DragonForce Malaysia. Esta é uma missão crucial em relação a ofensa ao nosso Profeta Muhammad S.A.W. O site do governo da Índia foi invadido pela DragonForce Malaysia. Nós nunca ficaremos em silêncio. Venha participar desta operação! #OpsPatuk Engajado.
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A assessoria recém-anunciada assevera que o bando empregou o DDoS para provocar “muitas corrupções ao redor da Índia”, com a inclusão do seu emblema e mensagens em sites direcionados.
O grupo alegou ter obtido acesso não autorizado e divulgado informações de inúmeros órgãos governamentais, bancos, instituições de ensino, empresas de serviços e diversos bancos de dados da Índia.
Os estudiosos também notaram outros ativistas cibernéticos – ‘Localhost’, ‘M4NGTX’, ‘1887’ e ‘RzkyO’ – que se aliaram ao partido, “protegendo vários sites em toda a Índia em nome de seu credo”.
Qual é a identidade da DragonForce Malaysia?
DragonForce Malásia é um grupo de hacktivista de mesmo estilo que o Anonymous. Unidos por objetivos políticos e com tendência ao sensacionalismo, suas mídias sociais e fóruns do site são visitados diariamente por centenas de milhares de usuários, seja para gerenciar uma equipe de eSports ou lançar ataques cibernéticos.
No passado, a DragonForce executou investidas contra organizações e entidades governamentais na região do Oriente Médio e na Ásia. Seu foco principal foi Israel, sendo que realizaram váias ações – #OpsBedil, #OpsBedilReloaded e #OpsRWM – contra a nação e os habitantes.
De acordo com os autores da assessoria, a DragonForce não é considerada como uma organização de ameaças avançadas ou persistentes e não é considerada sofisticada. Contudo, onde eles não têm sofisticação, eles possuem capacidades organizacionais e a capacidade de distribuir informações rapidamente para outros membros. Assim como Anonymous e o Canhão de Íon de Baixa Órbita, DragonForce armazenam suas próprias ferramentas de código aberto DoS – Slowloris, DDoSTool, DDoS-Ripper, Hammer, e muito mais – em ataques site coreografados e chamativos.
Durante o último ano, alguns membros tiveram a capacidade e a vontade de avançar para se tornarem um grupo de ameaça extremamente sofisticado. Isso incluiu aproveitar vulnerabilidades que foram divulgadas ao público. Por exemplo, eles estão trabalhando com o CVE-2022-26134 que foi descoberto recentemente no OpsPatuk.
Os autores concluíram que a DragonForce Malaysia e seus sócios demonstraram a habilidade de mudar e acompanhar a cena de ameaça no último ano. Radware aguarda que a DragonForce Malaysia persista em empreender campanhas reativas, ligadas às suas associações sociais, políticas e religiosas, sem sinal de desaceleração, no futuro próximo.
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